já as sinto, mais um raio dum exame e álabote pra Santa Maria!
Sei que ninguém têm paciência para ler posts longos e com mtas letras, mas que raio... lê quem quiser!
Hoje ao relembrar algumas das viagens, férias e tempo gasto em aeroportos, fui sistemáticamente confrontado com algumas imagens, que após isolamento e análise me permitiram o desenvolvimento de uma teoria:
"As Férias do Portuga"(esta teoria não tem como objectivo ser uma análise depreciativa mas apenas uma constastação da dura realidade)
AeroportoÉ aqui que tudo começa, são imediatamente reconhecidos pela capacidade de armar confusão independentemente da sua localização ou situação!
Falam mais alto que qualquer outra pessoa, isto para que sejam vistos e que se note que vão viajar!
No avião para lá:Para parecer muito moderno e muito rodados na onda de viajar de avião, o portuga comporta-se como se estivesse num autocarro de carreira em hora de ponta. Anda de um lado para o outro de pé. Encosta-se à cadeira de quem calhar. Senta-se nos braços da cadeira ao seu lado. Grita ruidosamente para manter uma conversa com a excursão de amigos e amigas que viaja com ele, sentados em pontos opostos do avião. E naqueles vôos de longo curso, onde o que eu só quero é dormir para não sentir a viagem passar, passa a noite excitadinho que nem uma criança à espera do Pai Natal. Gosto particularmente da fase da aterragem, onde todos batem palmas como se estivessem num circo. :D
No pequeno almoço do HotelDistinguir um portuga em férias antes de ele abrir a boca é um exercício penosamente elementar. Podemos distingui-los pelo belo calçãozinho de banho com padrão príncipe de gales, acompanhado pelas chanatas/chinelas, ou pelo sapatinho de vela com peúga de cor variada, dependendo do seu grau de sofisticação social. Mas se porventura já aprendeu a vestir-se decentemente há uma coisa que não falha: a quantidade inacreditável de comida que, no buffet, consegue transportar nos pratos. E a quantidade de vezes que repete. Se não repetir 3 vezes é porque está com azia da viagem.
Na PraiaAqui continua ser fácil porque se comporta como se estivessem na Caparica ou Nazaré: berra que nem um desalmado, leva um lanchinho proveniente do pequeno almoço, e está sempre acompanhados por uma bola de futebol que insiste em chutar para cima dos outros (mais por falta de jeito do que intencionalmente). O que não leva bola passa o dia a chafurdar dentro de água, a dois metros da areia, numa actividade que considera tratar-se de snorkelling.
No Comércio LocalNão compra nada que não seja muito bem regateado. Não interessa nada se está a regatear preços miseráveis. De calculadora na mão, está disposto a negociar 5 cêntimos para orgulhosamente achar que não só não foi enganado, como enganou o pelintra que estava a vender o pechisbeque para comer a sua refeição diária. Claro que neste processo a chinfrineira é mais que muita...
No Avião de VoltaRegressa normalmente decorado com os artigos locais: o chapéu de palha ou feito com folha de palmeira pelo barman do hotel; a camisinha às flores; a t-shirt alusiva tipo «Yo estibe en Varadero»; O cabelinho entrançado à lá nativa; a tatuagem temporária no braço; todos com um bronzeado excessivo, próximo da insolação, meio inchado do sol e da bebida. O seu comportamento dentro avião é um remake do que fizeram à ida.
Nota: Que não se ofendam os possiveis ofendidos, e se se ofenderam... comentem!
Aos que este post nem aqueceu nem arrefeceu... comentem na mesma!